sábado, 9 de janeiro de 2010

Sentir

Para se sentir qualquer tipo de arte, penso que o unico requisito é viver. Fico estupefacto quando alguem que viveu noutro tempo e noutro lugar conseguiu transmitir exactamente aquilo que num dado instante sinto.

 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

1 Ano

Ontem este blog fez um ano!! Confesso que fiquei surpreendido por já ter passado tanto tempo desde o primeiro post.

Obrigado a todos aqueles que partilharam comigo ideias e emocoes durante este ano, esperando que  o proximo ano seja tao ou mais completo que o anterior :)

domingo, 3 de janeiro de 2010

A morte do Beijo

A curiosidade que ele lhe despertava criava uma ansiedade antes de se verem. Juntos tinham planeado o que fazer durante esse dia, deixando espaço para improvisarem os momentos inesperados. O seu coração não lhe permitia libertar-se de tudo o que a prendia ao passado, tinha bem presente todos os seus bons e maus momentos que constantemente comparava. Não conseguia viver como se o amor fosse algo novo, permitindo fluir por si uma pura inocencia que nos seus olhos mostrasse o aperto que sentiria no seu peito.

Ele sentiu-se invadido pela delicada timidez que revelava o seu lado menos forte. Libertou-se de qualquer orgulho, pensamento e desejou que a sua expressao fosse inconsciente e transmitisse a força descontrolada do coração que pulava no seu peito. Aproximou lentamente o seu olhar e inspirando antecipou o leve toque que os seus lábios sentiriam ao juntarem-se com os dela.

Ela receava abrir o seu coração. Aquele momento apenas nela revelaria algo que há muito tempo tentava abafar mas que constantemente se libertava. Procurava guardar e iludir isso ainda mais com aquilo que considerava ser fácil e a impedia de sentir aquilo que em tempos a fez apaixonar-se. Sabia que os lábios dele traziam em si um toque que se eternizaria na sua memória, assustando-a.

O Beijo, que ansiosamente esperava nascer fundindo-se entre eles, sentiu o momento da sua morte enquanto as suas caras se desviaram. Assustado, escondeu-se segurando o suspiro que permanece preso no peito deles.