terça-feira, 14 de abril de 2009

Echo

Continuando o post anterior, nao posso deixar de referir que este ano ouvi a voz de Echo... Estava na montanha numa encosta sul com um grande declive. Sempre imaginei que Echo fosse de origem Grega, mas desiludi-me ao ouvir a sua voz, nao muito doce e com um sotaque portugues perfeito, enquanto eu cambaleava sem controlo pela encosta: "Car****!!!!!"

Narcisismo...

Narciso, um jovem de grande beleza, pouca mode'stia, muita vaidade e autoconfianca, era o motivo de paixao das donzelas de toda a regiao... No entanto qualquer uma que dele se aproximasse, Narciso nao se senta completo nem muito menos que alguma pudesse estar 'a altura dele. Por isso, apenas as usava para alimentar o seu ego, que ainda mais o impedia de conseguir entregar o seu coracao sedento de uma paixao.

Echo, uma ninfa de incompara'vel beleza com uma voz inigualavel, procurando alguem que correspondesse ao seu amor, passeava diariamente pela montanha, observando sempre passivamente quem passava. Era amiga de Zeus, um Deus mulherengo que constantemente traia a esposa, enquanto Echo a entretinha, escondendo as traicoes a que esta era sujeita. Ao descobrir isto, a esposa inspirou-se de ira sobre Echo, e lancou-lhe um feitico que nao lhe permitia dizer nada activamente, ficando para sempre dependente das palavras que alguem lhe dizia. Apenas estas podia repetir...

Echo refugiou-se na sua montanha, continuando a observar escondida as pessoas que passavam. Deixou de acreditar no amor, e chorava sozinha observando.

Um dia, tanto Narciso como Echo encontraram o que procuravam... Durante uma manha de primavera sem vento, Echo escondia-se entre os arbustos cobertos de flores quando de repente o seu coracao acelerou. Tinha visto Narciso. O seu coracao reagia sozinho 'a visao dele e nao hesitou em correr para ele. Nao podendo dizer nada, apenas se aproximou o mais que pode e com os seus olhos lacrimejantes de alegria tentou transmitir-lhe a forca com que o seu coracao batia. Narciso olhando para Echo reparou na sua beleza, mas esta nao o preenchia. Olhou-lhe nos olhos e perguntou: "Quem e's tu?", ao que Echo respondeu com a mesma pergunta.. Narciso sentiu a sua angustia crescer no peito cada vez mais ao nao ser capaz que os seus olhos tivessem o amor que os de Echo transmitiam. Echo agarrou-se a Narciso abracando-o. Sentiu uma forca a empurra-la e ouviu Narciso gritar "Larga-me!" ao que respondeu com as mesmas palavras.

Narciso desatou a correr em direccao ao logo onde se sentou na margem. Angustiado com Echo, debrucou-se sobre a agua. Nao queria acreditar no que se estava a passar com ele. Pela primeira vez via alguem que preenchia o seu coracao. Sorriu timidamente e obteve um sorriso de volta. O seu coracao soltou-se, nao queria acreditar que tinha encontrado quem procurava. Acenou-lhe e obteve o aceno de volta. Nao resistindo 'a beleza que via, comecou a aproximar-se lentamente nao tirando os olhos da pessoa. No preciso momento que os seus labios se tocaram a imagem desapareceu, desfocando-se. Desesperadamente, Narciso remexeu a a'gua procurando o seu unico amor, mas este havia desaparecido. Permaneceu na margem 'a espera de o voltar a encontrar. Na manha seguinte voltando a ve-lo tentou mais uma vez estar junto a ele, mas parecia condenado a nunca conseguir aproximar-se...

Durante dias e noites assim permaneceu vendo a sua figura cada vez mais fraca. A sede que tinha do amor por esta pessoa, ofuscava completamente qualquer outra sensacao fisica de fome ou sede que pudesse ter. Sentia-se fraco, mas o facto de a sua alma ge'mea estar perto e sorrir para ele fazia com que nao saisse nunca da margem. Chegou o dia em que as forcas lhe faltaram e numa tentativa desesperada de se aproximar desta pessoa, Narciso caiu na a'gua afogando-se.

Echo, encontrando Narciso morto na margem refugiou-se para todo o sempre na montanha, onde ate' hoje pemanece e ainda responde a quem a chama...

Skate Tunning

Este post e' uma resposta ao Comenta'rio do Pancho em que referia "tunning" dos patins :)

Tilburg, uma cidadezinha calma a noroeste de Eindhoven, ha' 10 anos que organiza o "Friday Night Skate". Consiste esta fanta'stica noite em imesa gente que se junta para patinar entre 20 a 30 km pela cidade e redondezas. As ruas sao fechadas, um carrinho com musica acompanha-nos e o espirito e' incrivel tanto durante como depois no "Apre's-skate" :) Mas a ideia deste post/comenta'rio surgiu-me quando vi os "tunnings" de patins que vi! Como a parada e' durante a noite, a imaginacao e' o limite para as iluminacoes que por la' se observa. A minha favorita, no entanto, foram os patins deste Policia com os LEDs azuis que iluminam a estrada:


domingo, 12 de abril de 2009

Efeitos secundários

Existem datas que insistimos connosco que nao sao especiais, pois de facto o fundamento destas deixou de fazer sentido para nós. Mas apesar de o fundamento original nao fazer mais sentido, talvez os efeitos secundários, como a reuniao de muita gente que nos é especial tinham-se tornado para nós o primeiro plano, embora de forma inconsciente e obvia.

Apenas reparamos nisso após passarmos uma data dessas como sempre imaginamos que deveria ser, como outra qualquer, argumentanto que as outras quaisquer é que devem ser mais especiais. Talvez as outras se tenham tornado mais especiais, mas esta fica sem duvida marcada por um vazio que outrora para nós era preenchido pelos efeitos secundários da data...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Reducao ao Absurdo

Gosto desta te'cnica (Reducao ao absurdo).

Lembrei-me dela num comenta'rio da Ines ao post "Supersticoes" quando referiu viagens no tempo. A viagem no tempo, como e' retratada no melhor fime de sempre (Regresso ao futuro I) , em que Marty Macfly volta ao passado e interage com os seus pais, modificando acontecimentos futuros, nao e' possivel..

Uma reducao ao absurdo prova isso: Imaginemos que volto ao passado e mato o meu entao futuro pai. Vejamos a sequencia de acontecimentos que resulta disso:

Eu nunca nasceria, logo nao poderia voltar ao passado para o matar. Como tal, eu nunca poderia estar ai'!

:)

Um momento no tempo


O titulo nao e' muito original, mas a foto e' :) E apesar de aparentar muito mais que o que na realidade e', fiquei surpreendido o quao pouco e' preciso para apanhar um momento assim no tempo...

Supersticao?



Quando movemos um ficheiro de uma pasta para a outra, efectuamos uma copia exacta de cada bit (1/0) do ficheiro para outro sitio e ficamos com uma representacao deste noutra localizacao. Seguidamente o ficheiro e' apagado do sitio de origem.

Se voltarmos a move-lo de volta para o sitio de origem este estara' exactamente igual e e' como se nada tivesse acontecido.

Imaginemos que podemos fazer co'pias fisicas da mate'ria em que cada mole'cula e' copiada exactamente como esta', incluindo cargas ele'ctricas, etc.. Isto levaria 'a possibilidade de existir tele-transporte. Uma co'pia nossa seria criada num sitio novo e a local... destruida.

Acreditando que somos apenas mate'ria nao deveriamos ter problemas em viajar assim, pois simplesmente seriamos transferidos instantaneamente para outro sitio. Mas pessoalmente incomoda-me um pouco a co'pia local ser destruida e o meu "outro eu" assumir-se como EU.

Sera' que este EU tem mais qualquer coisa ...? Ou e' so' impressao minha?

Por um triz que...

Qual e' a diferenca entre alguem que conseguiu por um triz e alguem que por um triz nao conseguiu?

Enorme!

E' raro haver alguma coisa que se aprenda de forma linear, isto e', a mesma quantidade de esforco dar origem 'as mesmas evolucoes na aprendizagem. Noto isto a tanto nas actividades fisicas como intelectuais. Nao e' dificil chegarmos a um nivel em qualquer actividade que para um leigo esta' ao nivel ma'ximo, mas para no's nesse nivel, sabemos o pouco que sabemos e o que ainda nos falta conseguir.

Por isso, a diferenca entre alguem que passa a meta umas centesimas de segundo antes do adversa'rio, apesar de poder parecer aleato'rio e no fundo aparentar que ambos atingiram o mesmo, a diferenca na quantidade de esforco e' mesmo enorme e tem consequencias ainda maiores:

Um venceu e o outro nao.