quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Grandes cidades

A vida numa grande cidade tem regras de que ninguem fala, mas que tendemos a seguir cegamente. Nao e' permitido olhar ninguem nos olhos, nao e' possivel parar. Todos estao sempre em constante movimento, e os sitios para se parar estao publicamente destinados a isso. Todos aqueles que param no canto de uma rua, se sentam no passeio, que fixam o olhar de alguem no metro, provocam medo a quem repara neles que se afastam na primeira oportunidade.

E' suposto o caminho para o seu destino ser o mais rapido e impessoal possivel, apesar de o destino ser muitas vezes uma fraccao do dia, quando comparado com o caminho a percorrer.

Sera' que cada um tem realmente uma vida tao independente de todos os que o rodeiam?

4 comentários:

Nês disse...

Podes crer :P

já tenho saudades da minha Zambujeira, principalmente agora no inverno qd n há qs ninguém e toda a gente se conhece e diz bom dia na rua :)
Um dia destes fui a uma feira de Natal com uns amigos e só me apetecia fugir de lá pq mal tinha espaço p respirar lolol (só um aparte, experimentei uma especialidade por aqui que é cerveja de cereja quente, mas assim a ferver mesmo, é horrivel :D)
Outra coisa que acho é q as pessoas se sentem menos responsaveis pelo que se passa à volta delas quando há mtas pessoas.
e é incrivel como te podes sentir sozinho às vezes com tanta gente à tua volta :P

L u i s P e s t a n a disse...

Claro que não. Onde ouviste isso? Estamos todos interligados, Jacek.

Pancho disse...

Lhamas chama por ti!!
Hehe

Pedro do Mar disse...

Isso é muito bem observado.

Pensando um bocado, acho que há alguns factores que podem contribuir para esse "evitar de olhares directos".
Por um lado, se nos lembrarmos que numa cidade grande as pessoas agem como se soubessem que não mais tornariam a ver a outra pessoa, facilmente percebemos que não têm sequer interesse em procurar estabelecer contacto com desconhecidos.
Por outro, cada pessoa desconfia dos motivos pelos quais um desconhecido a está a fixar, ao contrário de todas as outras.
E convém não esquecer que as pessoas tendem a temer o que não conhecem, sobretudo quando se está numa cidade com milhões de pessoas e em que o risco de nos cruzarmos com alguém perigoso é superior ao normal (uma vez que vemos mil pessoas por dia e não cinquenta).

Abraço (e não esperes conhecer ninguém de jeito na rua ou no metro)