terça-feira, 14 de abril de 2009

Narcisismo...

Narciso, um jovem de grande beleza, pouca mode'stia, muita vaidade e autoconfianca, era o motivo de paixao das donzelas de toda a regiao... No entanto qualquer uma que dele se aproximasse, Narciso nao se senta completo nem muito menos que alguma pudesse estar 'a altura dele. Por isso, apenas as usava para alimentar o seu ego, que ainda mais o impedia de conseguir entregar o seu coracao sedento de uma paixao.

Echo, uma ninfa de incompara'vel beleza com uma voz inigualavel, procurando alguem que correspondesse ao seu amor, passeava diariamente pela montanha, observando sempre passivamente quem passava. Era amiga de Zeus, um Deus mulherengo que constantemente traia a esposa, enquanto Echo a entretinha, escondendo as traicoes a que esta era sujeita. Ao descobrir isto, a esposa inspirou-se de ira sobre Echo, e lancou-lhe um feitico que nao lhe permitia dizer nada activamente, ficando para sempre dependente das palavras que alguem lhe dizia. Apenas estas podia repetir...

Echo refugiou-se na sua montanha, continuando a observar escondida as pessoas que passavam. Deixou de acreditar no amor, e chorava sozinha observando.

Um dia, tanto Narciso como Echo encontraram o que procuravam... Durante uma manha de primavera sem vento, Echo escondia-se entre os arbustos cobertos de flores quando de repente o seu coracao acelerou. Tinha visto Narciso. O seu coracao reagia sozinho 'a visao dele e nao hesitou em correr para ele. Nao podendo dizer nada, apenas se aproximou o mais que pode e com os seus olhos lacrimejantes de alegria tentou transmitir-lhe a forca com que o seu coracao batia. Narciso olhando para Echo reparou na sua beleza, mas esta nao o preenchia. Olhou-lhe nos olhos e perguntou: "Quem e's tu?", ao que Echo respondeu com a mesma pergunta.. Narciso sentiu a sua angustia crescer no peito cada vez mais ao nao ser capaz que os seus olhos tivessem o amor que os de Echo transmitiam. Echo agarrou-se a Narciso abracando-o. Sentiu uma forca a empurra-la e ouviu Narciso gritar "Larga-me!" ao que respondeu com as mesmas palavras.

Narciso desatou a correr em direccao ao logo onde se sentou na margem. Angustiado com Echo, debrucou-se sobre a agua. Nao queria acreditar no que se estava a passar com ele. Pela primeira vez via alguem que preenchia o seu coracao. Sorriu timidamente e obteve um sorriso de volta. O seu coracao soltou-se, nao queria acreditar que tinha encontrado quem procurava. Acenou-lhe e obteve o aceno de volta. Nao resistindo 'a beleza que via, comecou a aproximar-se lentamente nao tirando os olhos da pessoa. No preciso momento que os seus labios se tocaram a imagem desapareceu, desfocando-se. Desesperadamente, Narciso remexeu a a'gua procurando o seu unico amor, mas este havia desaparecido. Permaneceu na margem 'a espera de o voltar a encontrar. Na manha seguinte voltando a ve-lo tentou mais uma vez estar junto a ele, mas parecia condenado a nunca conseguir aproximar-se...

Durante dias e noites assim permaneceu vendo a sua figura cada vez mais fraca. A sede que tinha do amor por esta pessoa, ofuscava completamente qualquer outra sensacao fisica de fome ou sede que pudesse ter. Sentia-se fraco, mas o facto de a sua alma ge'mea estar perto e sorrir para ele fazia com que nao saisse nunca da margem. Chegou o dia em que as forcas lhe faltaram e numa tentativa desesperada de se aproximar desta pessoa, Narciso caiu na a'gua afogando-se.

Echo, encontrando Narciso morto na margem refugiou-se para todo o sempre na montanha, onde ate' hoje pemanece e ainda responde a quem a chama...

2 comentários:

Pedro do Mar disse...

Eh pá, isto é mentira.

Unknown disse...

humm, talvez nao seja mentira ate' ao fim.. se tirarmos a superficialidade da histo'ria, acredito que no que as personagens sentem a histo'ria e' real :)