sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Top Down vs Bottom Up


Existem duas formas de enfrentar um problema: De cima para baixo e de baixo para cima.

Quando abordamos um problema de baixo para cima, comecamos por pensar nos elementos mais basicos e vamos construindo em cima deles. Relacionando esses elementos, compreendendo como a partir de alguns conceitos simples podemos ir construindo algo maior, comecamos a criar algo grandioso. Notamos que certas partes podem ser separadas umas das outras para facilitar a implementacao ou compreensao, e vamos assim subindo, criando blocos maiores de elementos que se continuam a relacionar entre si. A todo o momento temos plena consciencia de tudo o que se passa em cada parte do processo e vamos optimizando e separando cada vez melhor os conceitos envolvidos ate' que chegamos 'a solucao do problema (da qual normalmente nao vemos um fim). Normalmente este padrao encontra-se em pessoas curiosas, investigadores ou em geral Filo'sofos (Amigos do conhecimento) :)

Com uma abordagem de cima para baixo vemos o problema que queremos resolver e imaginamos como podemos decompo-lo. Pensamos em blocos grandes e como cada um deve contribuir para a solucao. Debrucamo-nos sobre cada um destes e continuamos a subdividi-los em blocos mais pequenos ate' atingirmos os blocos elementares que temos disponiveis. Conseguimos desta forma rapidamente decompor o problema e a sua resolucao torna-se mais previsivel. Este padrao encontramos em Engenheiros, Gestores e Lideres. Um problema 'a partida impossi'vel, torna-se desta forma uma se'rie de problemas simples.


Uma questao que se pode colocar para encontrar em que perfil nos encaixamos e':

"Consegues comer um elefante inteiro?"

E a resposta pode ser uma de duas:

(Imaginamo-nos a comecar a comer um elefente inteiro e reparamos que rapidamente ficamos cheios e respondemos) :
"Nao, um elefante e' tao grande que nao consigo come-lo!"

ou

"Sim, aos bocados..."
(E imaginamo-nos a separar o elefante em partes individuais que podemos comer e a planear como e quando comer cada bocado)

:)

3 comentários:

Nês disse...

Interessante a tua forma de descrever a ciência aplicada e a ciencia básica... contudo, na tua metafora do elefante, não sei se concordo muito com a ideia de que os "bottom-uppers" negariam à partida a possibilidade de comê-lo... até porque são eles os tais curiosos e amigos do conhecimento ;) levariam mais tempo, é certo, mas porque não se prenderiam apenas ao aspecto tecnico de se comer o elefante. Questionariam-se sobre o porquê de comer o elefante, as vantagens, as consequencias. Reflectiriam acerca disso... não penso que o rejeitassem à partida.
Quanto à distinção entre bottom-up e top-down, conheço o conceito mas noutro contexto, que neste caso não tem nada a ver (em gestão está relacionado com descentralização e centralização) e achei bastante interessante :)
A minha opinião é de que deve haver sempre um compromisso entre as ciencias básicas e as ciências aplicadas (não há nada como o meio termo eheh) porque ambas são importantes. Hoje em dia são as ciências aplicadas, que trazem resultados quase imediatos, que trazem rápidas soluções para problemas existentes são cada vez mais populares. São elas que têm um maior financiamento e são estas também que são desenvolvidas em empresas, por exemplo, para responder a necessidades da sociedade, trazer-nos bem estar e tb algum lucro a quem as cria. Os e engenheiros criam sistemas, estruturas, sabem utilizá-las, melhorá-las com vista à eficiência. Os gestores regem-se tb por principios de eficiencia na gestão das empresas. Tudo isso é louvável e extraordinário. Mas se chegámos ao nível de desenvolvimento a que chegámos é porque também existiu quem fosse curioso. Por isso acho que a descoberta do conhecimento por si só também tem muito mérito e deve haver sempre um lugar para ela nas nossas universidades. Logo, a nível individual, acho que devemos tentar resolver o melhor possível os problemas técnicos que nos aparecem e encontrar soluções, mas tb penso que não perdemos nada em perguntarmos porquê e para quê e em sermos um pouco curiosos :)

Unknown disse...

Ines,

Claro que sim, para resolver qualquer problema, usamos sempre um misto das duas aproximações. Neste post tentei separar os conceitos o melhor possível mas na realidade estes estão muito ligados.

Eu pessoalmente acredito numa abordagem top down inicial seguida de uma bottom-up. Em que primeiro é criado o esquema geral em partes com um tamanho suficiente para haver margem para muita imaginação. E depois disso avanço individualmente em cada uma delas, ou delego essa componente a outra pessoa :)

Pedro do Mar disse...

Pois claro, há que comer o elefante "por partes".

Não pode é ser o da fotografia... É que apanhámos cá um cagaço!!! :-E
O que vale é que a foto não mostra os cheiros: borrámo-nos todos... fogo!

Abraços
;-)